segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Etapa escolar- Escola Estadual Ivaldino Francio • Cidade: União do Sul – MT


Categoria Memórias Literárias

Uma visita inesperada

        No tempo em que eu morava em São José do Ouro RS, com minha família, trabalhava na lavoura. Ficamos sabendo da venda de lotes nessa região, hoje chamada de União do Sul, por um amigo que dizia que as terras eram produtivas e tinha muita madeira. Segundo ele, era um bom lugar, mas não tinha energia e nem muita gente. Meu marido se interessou e veio conhecer as terras de avião. Quando voltou, já tinha comprado alguns alqueires e, em breve, viríamos morar aqui.
        Enquanto organizávamos a mudança eu pensava. “Meu Deus, como será esse lugar? Será que vamos conseguir trabalhar para sustentar nossa família?”. Colocamos a mudança em cima do caminhão e partimos. Com vontade imensa de chegar logo para matar a curiosidade.
       A viagem foi longa, foram cinco dias intermináveis. Chegamos aqui no dia vinte e três de junho de 1983. Eu estava com 27 anos. Havia poucas casas e moradores em meio à mata fechada. As pessoas moravam em barracos de lona, não havia energia, nem água encanada. Construímos nossa casa depois de cinco meses, antes disso, morávamos em barracos de lona também. A casa ficou situada perto de um rio e a rua se chamava Rua do Brejo. Lembro-me que nos alimentávamos dos peixes daquele rio todas as semanas.
       Embora a vida nesse lugar fosse difícil, eu e minha família nunca passamos fome. Não tinha mercado, então meu marido ia de caminhão para cidade de Sinop uma vez por mês. Cada vizinho dava uma quantia em dinheiro e ele fazia compras para todos. Quando aquelas compras acabavam, trocávamos alimentos uns com os outros, ou comíamos alimentos cultivados como: banana, abacaxi, abóbora e mandioca. Um dos vizinhos tinha uma vaca leiteira, então ele dividia o leite entre todos os moradores.  Era difícil, mas graças a Deus, também não havia doenças, nem mesmo gripe. Éramos abençoados.
      As pessoas eram unidas. Todos pertenciam às mesmas histórias. Muitas tristes, outras alegres e também algumas inusitadas... Uma delas aconteceu após um jantar. Recebemos uma visita inesperada. Deixei as panelas no chão, ao lado do fogão e fomos dormir. Demorou um pouco, escutamos um barulho na cozinha, levantamos, acendemos o tchiareto- a conhecida lamparina a querosene- e fomos ver o que era. Praticamente dentro da panela, comendo a comida que restou do jantar, um bicho pequeno, com orelhas médias, cor escura, de pele coberta de espinhos. Esse bichinho era um porco-espinho. Meu marido chamou o vizinho e encheram o coitado de pauladas na cabeça, dizendo que no outro dia iriam aproveitar a carne. Fomos todos dormir com a certeza que o bichano estava morto. No dia seguinte, fomos ver o porco. O coitadinho estava com a cabeça amolgada, em pé, olhando para os lados, mal conseguia se mover. Ficamos com tanta pena do porquinho que não tivemos coragem de acabar de matá-lo para comê-lo. Lembro-me bem da imagem do bichinho parado, parecia triste, esperando a morte. Todas as histórias que vivi nesse lugar nunca sairão de minha memória...
       Hoje caminho pela cidade e vejo muitas casas, mercados, lojas, farmácia, posto de saúde, as escolas: Estadual e Municipal. Vejo a praça que naquele tempo não existia, muitas avenidas, a Rua do Brejo onde eu morava totalmente diferente daquela época, o campo de futebol e o Ginásio de esportes, onde as crianças e os adultos se divertem. Fico observando como a cidade está agora, quase toda asfaltada. Para muitas pessoas que chegaram aqui há pouco tempo, essas mudanças não significam nada. Mas para mim significam muito, porque fiz parte desse lugar desde quando tudo começou.  Faz 30 anos que moro aqui. Hoje estou com 57 anos e fico feliz por ter feito parte de muitas histórias desse lugar.
                                                                                                        
Diandra Nogueira Batista, 13 anos
(Texto baseado na entrevista feita com a Srª Dionilse Fortuna Perondi, 57 anos.)
Professora: Adriani Fátima Leal de Vargas
Escola Estadual Ivaldino Francio • Cidade: União do Sul – MT


Categoria Crônica

                                                      Vamos Imaginar o Paraíso
                Ali parada, sentada em minha cama, olhar distante cabeça ligada a tudo que fiz, li , vi e imaginei...                                                                                                                                                                Tudo em apenas um dia. A minha imaginação tomou conta do meu corpo, minha cabeça e da minha vida, enfim como todo adolescente “porreta” estava eu ali ao som do grande Renato Russo, imaginando o que eu queria para mim, e para toda minha vida. Queria um amor de verdade, uma amizade sincera uma família toda reunida e até com o tio da piada do “pavê ou pacumê” e com a tia que não vive sem saber quem é o teu namorado, coisa que eu nunca tive. Eu queria também a casa mais luxuosa do mundo, a vida mansa e uma internet que não fosse tão lenta... Queria todas as ruas e estradas da minha cidade asfaltadas, alias queria a melhor cidade do mundo com um monte de áreas de lazer e cultura para eu poder ver aquela criança que nunca soube o que era isso lá brincando e soltando aquela risada com os seus outros irmãozinhos, queria inclusão na sociedade para aquela família que cuja cor de sua pele faz os olhos dos preconceituosos verem mal dessa família coisa que eu nunca vi em alguém que não possui a minha mesma cor, pois é ridículo isso, ridículo o preconceito, ridículo essas pessoas ridículas. Queria também que os homofóbicos aceitassem que nem todos tem a mesma opção sexual que todas as outras pessoas. Alias, queria um mundo onde as pessoas aceitassem como você é.
              Chega, chega, chega... Ponto acabou a palhaçada, acordei... Tropecei na verdade e cai na real, na real que o mundo não é assim e nunca vai ser, pois as pessoas nunca vão deixar de ser tão hipócritas, e minha cidade nunca será como eu quero e como imagino, mas também nós não sabemos como vai ser o amanhã. Vai saber se isso não é como a minha imaginação, que muda do dia para noite? Nós temos ótimas oportunidades de uma grande cidade, não tão grande, mas sim do jeito que nós sempre sonhamos, mas também não porque a minha cidade não é do jeito que eu quero que eu não tenha motivos de amar morar aqui. Minha cidade tem a tranquilidade de uma noite vazia, tem a felicidade de uma criança quando ganha seu primeiro presente. Tem pessoas que são do bem, que são humildes e isso é a coisa mais linda do mundo. Tem famílias que orgulha qualquer pessoa. Tem escola que daqui sai grandes alunos em rumo ao sucesso.
            Depois de tanto pensar, imaginar e crer em um paraíso. Vou dormir porque na amanhã não é só apenas outro dia e sim outra chance para a vida que eu sempre sonhei.



Aluna:Bruna Thalia Bremm, 15 anos
Série: 1º ano “A” Matutino / Ensino Médio
Professora: Josiani Francischini Duarte
Escola Estadual Ivaldino Francio

Categoria    Artigo de Opinião

Desmatamento com Devastação será que tem solução?

Como toda maioria diz, “Será que o desmatamento terá fim?” Na opinião dos estudiosos, pode-se dizer que há meios de lucrar sem afetar a natureza, com a palavra tão usada sustentabilidade.
Hoje Mato Grosso está no cenário principal do desmatamento. Como destaque principal a cidade de União do Sul, que até foi citada no Rio +20.
Como disse a ministra do meio ambiente em uma de suas reportagens, que haveria mudanças sobre o assunto, mas na cidade de União do Sul só houve exigências, mas depois de um tempo voltou o desmatamento.
Será mesmo que acabando com a principal economia da cidade mudará alguma coisa? Poderemos arrumar algo para que estes operários possam ser empregados?
                Aqui está muitas dúvidas, sem algum tipo de auxilio do governo que tanto critica, poderá haver mudanças para melhorias?
O desafio maior a ser resolvido, é o meio de acabarmos com o desmatamento ilegal, e que haja outras maneiras para se desenvolver uma economia, que não agrida o meio ambiente.                                                                                                                                                 Será que eles no Rio+20 têm a resposta? Se tiver porque não deu certo?
Como todos brasileiros têm o direito de encontrar mais possibilidades e oportunidades, mas é claro, com o auxilio do governo.
Com esse desmatamento ilegal, nós estamos sendo prejudicado, e será muito mais nas gerações futuras, pois o nosso bem mais precioso, que é o oxigênio que respiramos um dia vai acabar.
Há maneiras de desmatar legalmente, através de manejos sustentáveis, com o corte legal da madeira, de modo que não agrida as árvores menores, mas um detalhe importante, isso custa dinheiro e o que os madeireiros desejam é lucrar, e não perder, pois o manejo custa caro e além do mais, sem contar o tempo que é mais demorado.
Portanto, se nós não começarmos a nos conscientizar e nos prevenir, pois todos nós sofreremos com o acontece hoje em dia com os desastres naturais. Esse é meu pensamento e grande parte da população mundial, mas infelizmente não é o bastante para que haja mudança á curto prazo.


Autor do Artigo de Opinião: Paulo César Rodrigues Ribeiro
Aluno do 2ºAno C / Período Noturno
Profª : Josiani Francischini Duarte              




   

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