quinta-feira, 6 de setembro de 2012

EE CLEUFA HUBNER - Sinop/MT

Textos selecionados na Etapa Escolar.

Categoria: Poema
Texto do(a) aluno(a): Esther Cardoso 
Professora: Lucicléia Neves de Souza

VIDA...

De madrugada
O sol já brilhava
Mamãe estava no fogão
Preparando chimarrão

Era feliz
Brincava com meus irmãos
Andava de carroça
Morava na roça

Banho de rio no calorão
Empinar pipa
Brincar de pião
Tudo era diversão

Amigos tinha bastante
Brincava a todo instante
Andava muito a cavalo
Brincava com meu amigo Paulo

A infância foi muito boa
Mas hoje, só as lembranças
Ficaram no meu coração
E me levam a emoção.

Hoje trabalho
Sou pai, tenho família
Tudo como pensei
Tudo como sonhei

No coração, ficam as lembranças
Que me levam a emoção
De um menino brincalhão
Que fazia tudo por diversão.

Categoria: Memórias literárias
Texto do(a) aluno(a): Júlia Maria Oudeste 
Professora: Lucicléia Neves de Souza 

Ladeira Abaixo

Quando minha mãe tinha oito anos, ela ganhou sua primeira bicicleta. Já sabia andar, mas, não tinha domínio e segurança; motivada pela alegria resolveu dar uma volta pelo quarteirão.
Na sua cidade natal existiam muitas ladeiras e no quarteirão onde morava havia uma que era bastante íngreme. Não satisfeita em apenas andar na calçada em frente de sua casa, foi andar pela rua; quando chegou perto da ladeira respirou fundo e desceu rua abaixo.
Como minha mãe não tinha segurança, ergueu os seus pés e a bicicleta tomou embalo. Quando estava chegando perto do final da rua ela não conseguiu frear e acabou parando no quintal da casa que tinha no final daquela ladeira.
A bicicleta estragou toda, ela cortou o joelho e levou oito pontos. A mãe dela não sabia se a socorria ou dava bronca. Por causa dessa proeza minha mãe ficou de castigo e a bicicleta depois de sair do conserto ficou guardada por um bom tempo.


Categoria: Crônica
Texto do(a) aluno(a): Emanoely Leandra Correa da Silva 
Professora: Lucicléia Neves de Souza 

Experiências de uma Nova Vida

Viajando para o estado de Tocantins, sem ter noção para onde iria realmente, comecei a observar as riquezas do meu belo Mato Grosso. Confesso que derramei muitas lágrimas por deixar minhas raízes, lembrei-me do quanto pessoas que deixavam sua terra natal sofriam em um mundo desconhecido. Foram longos dias dentro do ônibus, parece que estou vendo o motorista dizer:
- Parada para o café!
E as pessoas exaustas desciam para tomar café, que custava quase o preço de uma colheita inteira.
Na poltrona ao lado da minha havia uma senhora, magrinha, olhos arregalados, pele escura, seu nome era Ana, me recordo muito bem dela me perguntando sempre:
- Minha filha, já estamos chegando a São Luiz?
E eu sempre dizia que não. Dona Ana tinha nove filhos, todos espalhados pelo mundo, ela saiu da Bahia com dezenove anos, casou, engravidou, sofreu. Agora ela estava viúva, sozinha no mundo, ela era diarista e no final de semana vendia farinha de puba, muito apreciada lá no Nordeste. Lembro que ela me disse:
- Filha, quando a gente sai de nossa terra, da casa de nossos pais, no começo tudo é bom, mas a gente percebe que quando nós envelhecemos, precisamos estar perto da família, em outras terras, temos que viver como dá, se virar para comer, para viver...
Ouvindo o que dona Ana me disse adormeci, logo de manhã percebi que a velha senhora não estava mais lá e duas horas depois chegaria a meu novo lar.






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