No
tempo antigo
Naquela época
era tudo muito diferente de hoje, as casas, por exemplo, eram de madeira e hoje
são de tijolos e muito mais bonitas, se bem me lembro, haviam apenas uns mil
habitantes e foi crescendo cada vez mais. Eu fui em uma igreja São Camilo e
quando cheguei era dentro do mato. De Cuiabá- capital de Mato grosso- até aqui
levavam três dias por causa das estradas, que eram só atoleiros e muito ruim de
andar de jipe – transporte muito usado na época- principalmente quando chovia,
imagine você na chuva; no atoleiro... Nossa! Era muito ruim mesmo! Tínhamos
pouco lazer e lugar onde as pessoas se divertiam era nos rios, além de ser o
único lugar era muito, mais muito divertido!
O posto de saúde
então, nem se fala, era muita gente para ser atendida e o atendimento era
precário apenas davam vacina, hoje é melhor, porque há tratamentos específicos.
Naquele tempo tinha que sair daqui e ir até a uma cidade chamada Vera.
Os empregos
daquele tempo era o que mais atraia as pessoas até Sinop, inclusive se me
lembro, o Machado foi o primeiro supermercado a abrir e era praticamente igual
uma mercearia, mais mesmo assim os empregos eram bons, meu primeiro emprego foi
em um hotel. Eu me lembro muito bem: o nome era hotel das Acácias onde hoje é
uma delegacia. Quando vim pra cá eu tinha apenas vinte e um anos, e apesar de
todos os problemas, eu gostava muito daqui e ainda gosto, também me lembro do
primeiro agronegócio que foi a Madenorte – madeireira do norte e o primeiro
hospital a inaugurar foi o hospital Celeste.
Os namoros
eram proibidos pelos pais e o beijo na
boca só podia ser depois do casamento.
Naquela época era tudo mais difícil, mas hoje está bem melhor. É por
isso que eu gosto muito daqui.
Texto escrito
por Natália dos Santos Gonzaga, aluna da 1ª fase III Ciclo da E.E. Rosa dos
Ventos, Sinop-MT. Com base na entrevista com Luzia de Fátima Pereira, 50 anos.
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