Textos selecionados na Etapa Escolar.
Texto do(a) aluno(a): Esther Cardoso
Professora: Lucicléia Neves de Souza
VIDA...
De madrugada
O sol já brilhava
Mamãe estava no fogão
Preparando chimarrão
Era feliz
Brincava com meus irmãos
Andava de carroça
Morava na roça
Banho de rio no calorão
Empinar pipa
Brincar de pião
Tudo era diversão
Amigos tinha bastante
Brincava a todo instante
Andava muito a cavalo
Brincava com meu amigo Paulo
A infância foi muito boa
Mas hoje, só as lembranças
Ficaram no meu coração
E me levam a emoção.
Hoje trabalho
Sou pai, tenho família
Tudo como pensei
Tudo como sonhei
No coração, ficam as lembranças
Que me levam a emoção
De um menino brincalhão
Que fazia tudo por diversão.
Categoria: Memórias
literárias
Texto
do(a) aluno(a): Júlia Maria Oudeste
Professora: Lucicléia Neves de Souza
Ladeira Abaixo
Quando
minha mãe tinha oito anos, ela ganhou sua primeira bicicleta. Já sabia andar,
mas, não tinha domínio e segurança; motivada pela alegria resolveu dar uma
volta pelo quarteirão.
Na sua cidade
natal existiam muitas ladeiras e no quarteirão onde morava havia uma que era
bastante íngreme. Não satisfeita em apenas andar na calçada em frente de sua
casa, foi andar pela rua; quando chegou perto da ladeira respirou fundo e
desceu rua abaixo.
Como minha
mãe não tinha segurança, ergueu os seus pés e a bicicleta tomou embalo. Quando
estava chegando perto do final da rua ela não conseguiu frear e acabou parando
no quintal da casa que tinha no final daquela ladeira.
A
bicicleta estragou toda, ela cortou o joelho e levou oito pontos. A mãe dela
não sabia se a socorria ou dava bronca. Por causa dessa proeza minha mãe ficou
de castigo e a bicicleta depois de sair do conserto ficou guardada por um bom
tempo.
Categoria: Crônica
Texto do(a) aluno(a): Emanoely Leandra Correa da Silva
Professora: Lucicléia Neves de Souza
Experiências de uma Nova Vida
Viajando
para o estado de Tocantins, sem ter noção para onde iria realmente, comecei a
observar as riquezas do meu belo Mato Grosso. Confesso que derramei muitas
lágrimas por deixar minhas raízes, lembrei-me do quanto pessoas que deixavam
sua terra natal sofriam em um mundo desconhecido. Foram longos dias dentro do
ônibus, parece que estou vendo o motorista dizer:
- Parada
para o café!
E as
pessoas exaustas desciam para tomar café, que custava quase o preço de uma
colheita inteira.
Na
poltrona ao lado da minha havia uma senhora, magrinha, olhos arregalados, pele
escura, seu nome era Ana, me recordo muito bem dela me perguntando sempre:
- Minha
filha, já estamos chegando a São Luiz?
E eu
sempre dizia que não. Dona Ana tinha nove filhos, todos espalhados pelo mundo,
ela saiu da Bahia com dezenove anos, casou, engravidou, sofreu. Agora ela
estava viúva, sozinha no mundo, ela era diarista e no final de semana vendia
farinha de puba, muito apreciada lá no Nordeste. Lembro que ela me disse:
- Filha,
quando a gente sai de nossa terra, da casa de nossos pais, no começo tudo é
bom, mas a gente percebe que quando nós envelhecemos, precisamos estar perto da
família, em outras terras, temos que viver como dá, se virar para comer, para
viver...
Ouvindo o
que dona Ana me disse adormeci, logo de manhã percebi que a velha senhora não
estava mais lá e duas horas depois chegaria a meu novo lar.
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